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15-02-2005

É assim, é a vida?**


Editorial

Sobre o folclore dos comícios e arruadas, já escrevi. As campanhas eleitorais querem-se esclarecedoras, debatendo os temas de interesse público e os pungentes problemas nacionais. Vão longe os dias em que até ideias se discutiam nas campanhas eleitorais. Agora, esgrimem-se metas e objectivas porque já ninguém acredita nas promessas. É um sinal dos tempos. Já nem os políticos se arriscam a acreditar em si próprios.

Não é fácil viver hoje neste desalentado e receoso cantinho à beira-mar plantado em que só alguns percebem que a crise é séria e exige esforço de todos para a superar. Mas, pior do que tudo, grande parte de nós tem consciência de que a crise é difícil e séria mas os outros que a resolvam. E nesses outros, incluímos os políticos porque assim sempre temos alguém a quem culpar. A culpa é sobretudo nossa. Os políticos, - e muitos deles não o são de facto, mas constituem uma nova classe de assalariados neste país sem empregos mas com muito trabalho para fazer - acabam por não conseguir atirar para a rua mais do que coscuvilhices e pregões de vendedor. Afastámos, porque também pagamos mal, os portugueses competentes que ainda sentem a política com um sentido de estado.

É curioso então contar, os dedos da mão devem chegar, que ideias consistentes que os líderes partidários mostraram nestas eleições. Uns estão preocupados com o choque tecnológico que agora já não passa de um mero programa de intenções e com mais 150000 JFB*. Outros com um crescimento, acima de tudo o que é possível e previsível, pensando mesmo que estamos noutro País (ver princípio de Peter). Os mais radicais, (leiam o programa deles) acham que o principal problema do País é o aborto, resumindo a sua campanha a este problema, que é importante, mas não essencial. Acabam por ser as franjas partidárias que inovam. À direita, na forma serena de fazer campanha e na tentativa de discutir o programa com as gentes de cada capital de distrito. À esquerda, acaba por ser o partido mais ortodoxo e antecipadamente moribundo, a trazer alguma novidade e sensatez ao discurso da esquerda, a chamá-la à realidade.

Desta campanha restará, enfim, a palavra choque, que foi usada para todos os fins, mas que duvido no fim, e no futuro de Portugal, traduza qualificadamente a razão do seu uso.

Mas tudo isto não serve para desanimados e descrentes não irmos votar. Votar é um dever de todos e não votar significa votar naqueles que não queremos. Não votar e desacreditar mais ainda a democracia e pode significar perdermos a liberdade de escolher no futuro. Existirão sempre Messias à espera de uma oportunidade para tomar o poder.

*jobs for the boys

** Dixit muito comum há seis anos

António Granjeia*
*Administrador do Jornal da Bairrada


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